É fim de ano. Muita gente está saindo de férias. Para quem está planejando viajar de avião, uma dica importante: antes de embarcar, é preciso fazer uma consulta ao médico. A recomendação é do Conselho Federal de Medicina. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) tem alertado os passageiros.
Algumas situações podem virar uma emergência nas alturas. Os sintomas de algumas doenças, como asma, sinusite e pneumonia, podem piorar nos ares. Por isso, dependendo do caso, é bom procurar um médico antes de viajar.
Trata-se de uma recomendação que não é muito conhecida. Agora, o Conselho Federal de Medicina quer a ajuda das empresas aéreas para que esses cuidados cheguem aos passageiros.
Que situação! Passar mal dentro do avião a mais de dez mil metros de altitude. “Fui atendido por um médico que estava no próprio voo. Fui medicado e tudo bem, foi tranquilo. Dei sorte que tinha um médico no voo”, comentou o empresário Nelson Castilho.
E quando não tem médico a bordo? “Perguntaram se tinha algum médico a bordo, infelizmente não tinha. As pessoas tentaram ajudar da melhor forma. Terminou tudo bem, mas a gente se assusta”, disse a biomédica Sheila Lucena.
Nem todo mundo sabe, mas os sintomas de várias doenças, mesmo as mais comuns como asma ou sinusite, podem se agravar durante um voo ou depois que o passageiro desembarca.
“As condições lá em cima são totalmente diferentes das condições aqui embaixo. A fisiologia das alturas é algo muito particular e muito especial”, explica Frederico de Melo, representante do Conselho Federal de Medicina.
Por isso, em alguns casos é necessário procurar um médico antes de viajar. Trata-se de um cuidado indicado para quem tem doenças como tuberculose, pneumonia, asma brônquica, enfisema pulmonar, doenças cardíacas ou se tiver passado por uma cirurgia recentemente. Pode ser preciso até adiar a viagem.
“Em cada viagem procurar um médico? Aí vou gastar mais tempo indo ao médico do que viajando”, brinca um senhor. “Antes de fazer o check-in, faça o seu check-up”, orienta Frederico de Melo, representante do Conselho Federal de Medicina.
A recomendação é do Conselho Federal de Medicina, que pediu ajuda a Anac, Infraero e empresas aéreas para que a informação chegue aos passageiros. As empresas serão responsáveis pela divulgação.
Para mulheres grávidas, também há restrições no fim da gravidez. No sétimo mês, a médica Emanuela Lima sabe que daqui em diante voar pode ser arriscado para ela e para o bebê. “Vou parar, essa é a minha última viagem para não correr risco”, diz.
Algumas empresas aéreas têm restrições a viagens para mulheres grávidas de mais de 28 semanas por causa do risco de um parto prematuro. Por isso, é bom, antes de comprar a passagem, checar se a companhia em que ela pretende viajar faz esse tipo de restrição. Se for caso, vale pedir um atestado para o médico.
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