Com a intenção de tentar prevenir um caos nos aeroportos do país em dezembro, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), convocou para esta segunda-feira uma reunião com os presidentes das principais companhias aéreas. Tarefa complicada, já que só em Florianópolis o número de desembarques durante a alta temporada deve crescer entre 30% e 34% com relação ao ano anterior.
A agência se preocupa com a venda de passagens além da capacidade de voos programados para o fim de ano e com a falta de pessoal para atender passageiros que desconheçam os procedimentos de embarque e desembarque.
Representantes da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Polícia Federal, Receita Federal e Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) também devem estar presentes na reunião.
A assessoria de imprensa da Infraero em Florianópolis informou que a instituição só se pronunciará sobre possíveis medidas a serem adotadas no Aeroporto Internacional de Florianópolis após a reunião desta segunda-feira.
Mas o secretário de Turismo da cidade, Homero Gomes, já destaca que a Infraero havia previsto incremento de 30% a 34% no número de desembarques no aeroporto da Capital durante o verão. Com isso, a cidade tem o mais movimentado aeroporto do Sul do Brasil durante a alta temporada.
Para Gomes é importante que a Infraero cumpra suas obrigações e que a Anac fiscalize, pois o caos aéreo é causado especialmente em virtude da sobrecarga dos aeroportos de São Paulo, que acabam atingindo os demais destinos do país num efeito bola de neve.
— A secretaria municipal de turismo não tem poder fiscalizador sobre a Infraero, então nos resta torcer para que eles cumpram as obrigações que lhe são cabíveis, destaca.
A expectativa em Florianópolis é de aumento no número de visitantes de 15% a 30% durante o verão com relação ao ano passado.
Para o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), Eduardo Loch, isso só demonstra a precariedade da estrutura aeroportuária no Brasil:
— Faz muito tempo que as autoridades federias sabem que estamos muito próximos de ter um apagão aéreo. Daqui a quatro anos teremos Copa do Mundo e o país se comprometeu principalmente na ampliação dos aeroportos.
O que mais preocupa Loch é a qualificação dos profissionais que trabalham dentro do aeroporto. Segundo ele, essas pessoas precisam entender completamente o funcionamento do aeroporto e ter resolução para diversas situações para tentar impedir, por exemplo, que os atrasos em Florianópolis se reflitam em outros destinos como ocorre
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