terça-feira, 23 de novembro de 2010

Apenas 60% do Terminal 3 de Guarulhos estará pronto na Copa


RIO - A Infraero espera finalizar em 2011 a instalação de dois módulos (estrutura provisória) no aeroporto de Guarulhos para elevar a capacidade de operação do aeroporto, antes das obras de construção do Terminal 3, que só ficarão prontas depois da Copa do Mundo de 2014.

O diretor de operações da estatal, João Jordão, afirmou que as duas unidades darão a Guarulhos uma capacidade extra de 6 milhões de passageiros, mas frisou que, para a Copa do Mundo de 2014, será necessário contar com parte da obra do Terminal 3.

"O planejamento foi feito com base nos dados de demanda e o Terminal 3 de Guarulhos vai estar com 60% da obra pronta [por ocasião da Copa], o suficiente para a Copa e a Olimpíada", disse Jordão, que participou de reunião na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para definição do plano de atuação para evitar colapsos nos aeroportos no fim do ano.

Quando finalizado, o Terminal 3 terá capacidade para 15 milhões de passageiros, mas Jordão disse que, em 2014, somente 60% dele estará finalizado, o que permitirá atender 9 milhões de passageiros.

Em relação aos módulos instalados, Jordão afirmou que eles não serão suficientes para a atender a demanda da Copa, mas apenas para garantir o atendimento dos passageiros até o Terminal 3 estar pronto. Além dos módulos no aeroporto de São Paulo, a Infraero está instalando unidades semelhantes em Vitória, Goiânia, Cuiabá, Confins, Campinas, Imperatriz, Juazeiro, Teresina e Macapá. Em Brasília e Florianópolis já há módulos instalados. Até o fim de 2011, segundo Jordão, todos estarão instalados.

"Os módulos não garantem a demanda para Copa, garantem a demanda atual. Estamos construindo módulos enquanto as obras seguem", frisou Jordão, que negou qualquer possibilidade de problemas de excesso de demanda para os próximos anos ou para a Copa de 2014.

Jordão confirmou que o Tribunal de Contas da União (TCU) havia obrigado a paralisação das obras em Guarulhos, que já puderam ser reiniciadas. "Estamos com o Exército. Fizemos um convênio para que eles possam fazer as obras", disse Jordão, que negou ter havido falta de planejamento.

Questionado sobre a velocidade dos trabalhos, Jordão lembrou que as obras demandam tempo e que é necessário conversar com as empresas aéreas, que não param as operações.

"São obras que levam até oito meses e tem que haver planejamento, porque as empresas já venderam essas passagens e nós temos que sair desse período de alta estação", disse Jordão.

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