Dener Souza, gerente de Carga America do Sul e Ralf Aasmann, diretor geral para o Brasil da Emirates |
De Viracopos, o voo faz uma parada em Dakar (África) para as atividades de carga e descarga seguindo para Dubai. No retorno, a frequência inclui ainda passagem por Frankfurt (Alemanha) para uma escala técnica antes de continuar por Dakar e Campinas. "Com essa nova operação dobramos nossa capacidade. De 450 toneladas embarcadas por Guarulhos elevamos para 910 toneladas com Campinas", destacou Souza, citando que os dois primeiros voos registraram ocupação de 95%. Para o início dessa operação, a Emirates investiu US$ 700 milhões aeronaves.
Uma equipe Emirates também foi composta e treinada para atuar em Viracopos. São ao todo 38 colaboradores, sendo que 30 foram deslocados para as atividades de rampa e segurança das cargas. Além disso, a companhia conta com cinco profissionais focados em contratos comerciais. "Somos o oitavo maior transportador aéreo de cargas no mundo. Somente este ano já contabilizamos 1.2 milhão de toneladas", completou Ralf Aasmann. A Emirates foi, inclusive, a responsável pelo envio dos materiais das empresas que competirão no GP Formula 1 em Abu Dhabi. "Levamos os carros da Ferrari e peças da Red Bull e BMW", disse o diretor.
A empresa conta atualmente com uma frota cargueira de quatro aviões 747-400, dois 747-300 e dois 777-300 para 26 destinos. No futuro, há intenção de integrar modelos de 747-800. "Para os próximos anos temos confirmadas mais quatro aeronaves 777 exclusivas para cargas", adiantou Dener Souza. Segundo ele, esse último equipamento oferece condições de transportar uma quantidade maior de animais, principalmente cavalos. "Essa aeronave traz ainda 11 assentos para os tratadores", afirmou o gerente. A Emirates também tem expertise no envio de ovos, frutas, bebidas e vidros de segurança e produtos da área química e petroquimica.
Balanço - Ralf Aasmann informou que a ocupação de passageiros na rota São Paulo(Guarulhos)-Dubai mantém média de 85% este ano. "Na classe econômica, os voos beiram 100% de ocupação. Os brasileiros utilizam essa rota como hub para alcançar o Japão e a China", revelou o diretor. De acordo com ele, a Emirates ainda não estabeleceu um plano para novos voos saindo do Brasil. No entanto, essa possibilidade não está descartada.
"Outra alternativa seria aumentar a capacidade de assentos com a troca de avião. Substituir o 777-200 para o 777-300 seria viável", ressaltou Aasmann. O executivo anunciou ainda que na semana que vem a Emirates receberá seu 14º avião A380. Até o final do ano, o 15º equipamento será incluído na frota. "Temos uma encomenda total de 90 A380", finalizou.
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