O setor de aviação perdeu três companhias em 2010. Das 18 empresas que iniciaram o ano em operação, as regionais Cruiser, Air Minas e Rico Linhas Aéreas deixaram de voar no decorrer do período. O setor recebeu duas novas marcas - Puma Air, focada na região Norte, e a Noar, no Nordeste - e encerrou o ano com 17 companhias ativas no transporte regular de passageiros.
Logo que pararam de voar, ainda no primeiro semestre do ano passado, a Rico, que atuava na região Norte, e a Air Minas, na região Sudeste, informaram, em nota, que estão reformulando suas malhas e que a suspensão das atividades é temporária. Até agora, elas não voltaram a voar. A Cruiser operava na região Centro-Oeste.
“Nós da Air Minas Linhas Aéreas vínhamos há muito avaliando detidamente esta relação [preço X custo] com foco nas aeronaves que operamos, e lamentavelmente não conseguimos prospectar uma forma de rentabilizar suas operações de forma sustentável, equilibrando a tendência mundial de custos e preços baixos”, afirmou a Air Minas, em comunicado ao mercado.
A mortalidade dessas empresas foi provocada, principalmente, por falhas na administração, afirma o consultor em aviação Nelson Riet, sócio da Aviation Management Consulting. “Apenas as empresas bem administradas vão sobreviver. As outras serão apetitosas para futuras aquisições”, diz.
A estratégia das companhias menores para viabilizar rotas regionais é apostar nas multifrequências, com horários convenientes para os passageiros. “Ninguém quer viajar um dia antes para fazer uma reunião porque não tem voos de manhã”, afirma o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar), Apostole Lazaro Chryssafidis.
Para ele, esse nicho é das companhias menores, já que as maiores não encontram demanda para encher aviões de grande porte em múltiplas freqüências diárias em cidades médias.
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