sábado, 7 de maio de 2011

Trip estuda hedge de combustível pela primeira vez

O presidente da Trip Linhas Aéreas, José Mário Caprioli, disse ontem que a alta no preço do petróleo já afetou 3% da margem operacional da companhia nos últimos dois meses, mas que esse aumento nos custos ainda não deve ser repassado para as tarifas.

Segundo o executivo, a companhia há estudos para fazer hedge de combustível para os jatos que está adquirindo da Embraer. Por ter uma frota dominada por turboélices, mais econômica que a de jatos, a Trip ainda não havia feito hedge. Como a quantidade de jatos está aumentando, e eles consomem 10% mais de combustível por assento do que os turboélices, a Trip vai reavaliar essa necessidade.

Segundo Caprioli, a ideia seria fazer operações de hedge equivalentes a 30% dos custos estimados com combustível. "Vamos aguardar o momento certo para fazer isso, pois precisamos ter mais visibilidade do comportamento do preço do petróleo no médio prazo ".

A Trip vai operar 18 jatos da família Embraer 170/190 este ano. Ontem a companhia recebeu o primeiro Embraer 190, configurado para 110 passageiros, de um total de nove que serão entregues até o fim de 2011. Atualmente, a Trip opera uma frota de nove Embraer 175, para 86 passageiros. O total de e-jets encomendados pela Trip à Embraer chega a 24.

A aquisição mais recente da empresa envolve quatro jatos do modelo 190, avaliados em US$ 172 milhões a preços de lista. Trata-se de uma encomenda direta ao fabricante, em uma operação financeira que envolve o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil e o Banco Safra.


Nenhum comentário:

Postar um comentário