
O desafio da Prefeitura, segundo Hélio Duarte, secretário de Meio Ambiente e Urbanismo, tem sido disciplinar o processo de urbanização e manter a Área de Proteção Ambiental e as áreas de segurança aeroportuária livres dos investidores. Acompanhando a procura, o preço dos lotes também subiu. Em determinados bairros, lotes de 200 metros, que custavam R$5 mil há dois anos, estão custando mais de R$30 mil atualmente, segundo o secretário. Lei da oferta e da procura. “Não existe nada que não esteja à venda. Basta chegar com o dinheiro”, afirma Hélio.
De acordo com matéria publicada na revista Você s/a, em outubro de 2010, pelo menos 60% dos terrenos no entorno do aeroporto já haviam sido vendidos para grupos estrangeiros, interessados na proximidade geográfica de Natal com a Europa e com a África. Algumas empresas, entre elas o grupo norueguês Brazilian Development, já haviam formalizado suas intenções com o governo do estado, segundo a matéria. O secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de São Gonçalo, Hélio Duarte, contesta este dado. Segundo ele, não é possível precisar quantos investidores já compraram terrenos em São Gonçalo, quantos terrenos adquiriram (e que percentual isso representa) nem quanto isso gerou em negócios.
A chegada dos investidores, motivada pelo crescimento da economia nacional, se intensificará com a conclusão do novo aeroporto, considerado o maior da América Latina e o primeiro a ser administrado pela iniciativa privada no Brasil. “O aeroporto vai gerar uma demanda por serviços muito grande, atraindo várias empresas”, confirma o secretário.
Hoje, a cidade recebe investimentos de empresários portugueses, italianos, espanhóis, norte-americanos, chineses, romenos, israelenses. A maioria atua no ramo da construção civil. Alguns grupos, segundo Hélio Duarte, estão adquirindo lotes próximo ao aeroporto com a pretensão de construir galpões e já consultaram a Prefeitura sobre a instalação de um condomínio industrial. A própria Prefeitura está desapropriando uma área de 750 mil metros próximo a Via Metropolitana de Natal para instalar um distrito empresarial, que reunirá empresas dos ramos comercial, industrial e de serviço, e dá ao menos uma ideia de como será São Gonçalo daqui a dez, 20 anos.
Edital é esperado para a segunda semana de maio
O Aeroporto de São Gonçalo do Amarante começou a ser construído pela Infraero há cerca de 14 anos, período em que vem sendo executados serviços como terraplanagem, drenagem e pavimentação. Ao investidor que receber a concessão do empreendimento caberá, entre outras obras, as dos terminais de cargas e passageiros. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estima que a empresa deverá investir R$ 426 milhões nessa etapa, dos quais 50% deverão ser consumidos somente pelo terminal de passageiros. A concessão terá validade de 28 anos. Três deverão ser dedicados à construção e 25 à exploração do aeroporto. A estimativa da Casa Civil é que no segundo semestre de 2011 o vencedor da licitação assuma o canteiro de obras.
O edital, segundo a Procuradoria Geral do Estado, que acompanha o processo de perto, deve ser lançado na segunda semana de maio. A previsão é que o aeroporto seja leiloado em julho, segundo o diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Rubens Vieira. O aeroporto, que serve de modelo para todo o País, será o primeiro administrado pela iniciativa privada e não pela Infraero no Brasil. “O leilão de São Gonçalo vai testar o modelo de concessão de aeroportos no Brasil. É muito importante que ele seja um sucesso”, disse Vieira, durante o Seminário Internacional de Concessão de Aeroportos, realizado no início do mês, em São Paulo.
O governo federal vai lançar editais propondo a concessão dos aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, e Brasília, no início do mês de maio, seguido de Campinas, até o final do mês, e, por último, em final de junho ou início de julho, de Confins, em Belo Horizonte e Galeão, no Rio de Janeiro. As concessões serão exclusivas para obras de ampliação dos terminais, não incluindo a exploração de espaços já administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Portuária (Infraero), e deverão, segundo Flávio Azevedo, presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte, ser lançados após o de São Gonçalo do Amarante, no RN. Este modelo vinha sendo pleiteado pela iniciativa privada há muito tempo.
Quando a Air France vem mesmo fazer a rota Fortaleza-Paris? como estão as negociações com a INFRAERO? ou tudo isso é só boato?
ResponderExcluir