O crescimento da economia nordestina e o aumento do poder aquisitivo da população tem estimulado diversos setores, entre eles a aviação. Não é à toa o anúncio de novas rotas de empresas estrangeiras, ligando a região à Europa e aos Estados Unidos. No caso da American Airlines – que iniciou a operação do voo Salvador/Recife/Miami no auge da crise financeira, em 2008, os primeiros resultados começaram a acontecer no ano passado e estão rendendo louros em 2011.
“No primeiro ano trabalhamos para firmar o voo, mas o planejamento era de longo prazo. Do ano passado pra cá, saímos de uma ocupação média da aeronave de 66% para 80% de aproveitamento até o mês de abril”, ressaltou o diretor comercial da American Airlines no Brasil, Dilson Verçosa, que participou da Mostra Internacional de Turismo (MIT), no Centro de Convenções, na última semana.
Dos bilhetes vendidos, a maior parte (76%) é comercializada no Brasil, com apenas 24% de fluxo dos Estados Unidos para cá. Verçosa explica que os resultados positivos das operações para o Brasil farão a empresa investir US$ 2,5 milhões em divulgação dos destinos do país nos Estados Unidos.
Ele reconhece que a valorização do real tem favorecido um maior fluxo de viagens dos brasileiros para o exterior. Da região Nordeste, além do Recife e de Salvador (locais de partida do voo diário para Miami), destacam-se os passageiros vindos de Fortaleza e João Pessoa. “Temos os que vêm de avião para embarcar aqui, mas muita gente vem de carro e outros meios de transporte. O perfil do passageiro também tem mudado, alcançando pessoas que antes não pensavam em viajar para o exterior e agora já veem esta possibilidade”, ressalta o diretor comercial.
Rotas
A American Airlines atua com 64 voos semanais do Brasil para os Estados Unidos, partindo de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador/Recife, Brasília e Belo Horizonte. Até o fim de 2011, a companhia planeja aumentar os voos, e, em julho de 2012, lançar a rota Manaus/Miami. Na rota Salvador/Recife/Miami, o avião é um Boeing 757.
Verçosa diz que mesmo com o crescimento do fluxo de passageiros, a empresa não pensa em aumentar o tamanho do avião. Questionado sobre os problemas ocorridos na última temporada de férias, quando houve queixas de paradas não programadas em San Juan, no Caribe, na volta dos EUA para o Brasil, o diretor da American Airlines reconheceu que o problema aconteceu em seis oportunidades, mas atribuiu a questões pontuais.
“Foram seis escalas no ano passado, ocasionadas pelas condições de peso da aeronave, por excesso de bagagens dos passageiros, e de condições de vento. A aeronave voou duas horas e meia e fez um pouso em San Juan para reabastecer. Casos pontuais, que não justificam a mudança da aeronave. Apenas maior ocupação da classe executiva compensaria a troca”.
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