Depois de toda a polêmica levantada acerca das conclusões das obras dos aeroportos brasileiros, a Infraero reafirmou ontem que será possível entregar as reformas e ampliações a tempo. O aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, também deverá cumprir o cronograma estabelecido.
"Todos os aeroportos serão concluidos e isso inclui o aeroporto de Fortaleza", declarou a assessoria de imprensa da Infraero ao O POVO. A expectativa é de que a reforma e ampliação do terminal de passageiros (1ª fase) e adequação do sistema viário do Pinto Martins sejam concluídas em agosto de 2013. O projeto está orçado em R$ 279,5 milhões.
A empresa deverá investir R$ 5,23 bilhões nos aeroportos diretamente relacionados às doze cidades-sede da Copa do Mundo, que juntos concentram 87% do tráfego aéreo nacional. Os aeroportos de Brasília com investimento de R$ 748,4 milhões, Confins com R$ 408,6 milhões e Manaus (R$ 327,4 milhões) são alguns destaques nas obras.
Todas as modernizações estavam previstas para serem entregues até dezembro de 2013. No entanto, no último dia 14 de abril, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou um estudo apontando que nove dos 13 empreendimentos com obras para o mundial não ficariam prontos a tempo. O aeroporto Pinto Martins estava entre os com pior situação no país. O estudo dizia ainda que o prazo para a conclusão das obras ultrapassava os sete anos.
No prazo
O superintendente regional da Infraero em São Paulo, Willer Larry Furtado, disse ontem ser possível cumprir os prazos e acrescentou que o Governo deverá definir a coordenação dos esforços para preparar a infraestrutura aeroportuária do país ao evento
esportivo.
“Todas as obras estão dentro do cronograma previsto. Nós estamos executando o que estava previsto", comentou Furtado, que participou ontem da solenidade de abertura da Airport Infra Expo, feira sobre infraestrutura em aeroportos realizada na capital paulista.
Ontem a presidente Dilma Rousseff minimizou a situação das obras dos aeroportos e conflitos em grandes obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Para ela, esses são “bons problemas” porque os conflitos em grandes obras mostram que o país voltou a investir.
A presidente disse que "é sempre melhor enfrentar os problemas do crescimento, do que enfrentar os problemas do desemprego, da falta de renda, da falta de investimento e da depressão econômica".
Sobre o atraso nas obras dos aeroportos nas cidades que vão receber a Copa do Mundo, a presidente afirmou que o governo está atento, mas está avaliando medidas de curto, médio e longo prazo, que não terão efeitos apenas para os eventos esportivos.
Como
ENTENDA A NOTÍCIAOs aeroportos brasileiros estão estrangulados em número de passageiros. Empreendimentos das 12 cidades-sede da Copa concentram 87% do tráfego precisariam de reformas mesmo sem o evento.
NÚMEROS
279
MILHÕES DE REAIS
É a previsão de investimentos no aeroporto de Fortaleza
5,23
BILHÕES DE REAISDeverão ser aplicados nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014.
87
POR CENTO
Do tráfego aéreo nacional está concentrado nos aeroportos das doze cidades-sede do Mundial
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