terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Aeroportos iniciam trabalho para combater interferência de lasers nas operações


A Infraero iniciou um trabalho de levantamento e registro das ocorrências envolvendo lasers na operação de pouso e decolagem na região dos aeroportos sob sua administração. O objetivo da ação é mapear os casos dessa natureza para planejar ações que venham a prevenir interferências nas operações das aeronaves.

Os registros começaram a ser feitos em 2010, quando as áreas de Navegação Aérea, Operações e Segurança dos aeroportos começaram a receber relatos mais frequentes de pilotos que reportavam ter sido atingidos por raios de laserpoints, equipamentos similares a uma caneta que emitem uma luz capaz de alcançar distâncias de até dois mil metros. Só no ano passado, nos 67 aeroportos da Rede Infraero contabilizaram 282 relatos, sendo a maioria no estado de São Paulo.

“A Infraero tem orientado seus aeroportos a fazer o registro dessas ocorrências para que a empresa possa notificar autoridades como o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e as autoridades locais, como Governos de Estado, Prefeituras e Polícias Federal, Civil e Militar, para combater esse problema”, explicou o coordenador de Segurança Operacional, Luís Xavier de Oliveira Souza.

Em outra linha de ação, a Infraero tem incentivado aos órgãos de navegação aérea locais e regionais a realizar encontros com autoridades locais e membros da comunidade para sensibilizar a população sobre os riscos dessa brincadeira de mau gosto. Como exemplo, as reuniões que ocorreram em Vitória (ES), Campinas (SP) e João Pessoa (PB), a Infraero e os participantes têm debatido sobre as melhores formas de se combater o problema.

“A pessoa que aponta um laser para uma aeronave ignora o fato de que essa luz pode ofuscar e até mesmo cegar um piloto que está nas fases críticas da operação, no procedimento de pouso ou decolagem, o que pode colocar várias vidas em risco”, alertou Luís Xavier.

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