Afirmação é de gerente da empresa, que pediu concordata em janeiro.
Plano anunciado em abril prevê a extinção de outras 45 rotas.
Um último voo de São Paulo a Tóquio previsto para decolar às 22h55 desta segunda-feira (27) marcará o fim das operações da tradicional empresa aérea japonesa Japan Airlines (JAL) no Brasil, informou uma executiva da empresa ao G1.
"O último voo São Paulo - Tóquio sai hoje à noite. Não temos perspectiva de essa linha voltar a existir", disse ao G1 por telefone Raquel Shiihara, gerente administrativa da Japan Airlines, empresa presente há 32 anos no Brasil. A executiva não informou quantos funcionários a empresa tem no Brasil e se os escritórios serão ou não fechados.
A endividada JAL, que anunciou concordata em janeiro e vive um plano de corte de gastos, indicou em abril que uma da rotas internacionais eliminada seria a que une Tóquio a São Paulo, a última da companhia no Brasil.
O fim da rota que liga os dois países faz parte do plano de reestruturação anunciado em abril pela JAL, primeira companhia aérea do Japão, que vai extinguir 45 rotas a partir deste ano, 30 delas domésticas e 15 internacionais, incluindo as que unem Tóquio com São Paulo, Cidade do México, Amsterdã e Milão.
De acordo com a gerente, a companhia tem atualmente dois escritórios em São Paulo: um administrativo e um operacional no Aeroporto de Guarulhos.
Protestos
Em agosto, a associação nipo-brasileira Comunidade Japonesa no Brasil entregou ao governo japonês um abaixo-assinado de 12 mil pessoas para pedir que esse voo não fosse cancelado.
A associação presidida por Uehara alega que a rota, criada em 1978, é o único voo direto entre Japão e Brasil, e que tanto os brasileiros residentes no Japão quanto os descendentes de japoneses que vivem no Brasil estão decepcionados com o fim do voo, já que pode romper um vínculo vital entre os dois países.
O Brasil tem a maior comunidade nikkei (imigrantes japoneses) do mundo, com mais de um 1,5 milhão de pessoas, enquanto os brasileiros do Japão representam a terceira maior comunidade estrangeira no país, atrás de chineses e coreanos.
Fonte: G1
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