RIO - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) se aproximou de instituições reguladoras da Ásia, África e Oriente Médio para conseguir aumentar o número de frequências semanais com o Brasil. No total, foram 12 acordos fechados em reunião este ano na Jamaica, com o objetivo de ampliar os atuais 930 voos que partem semanalmente do Brasil para 30 países.
Em nota, a diretora presidente do órgão regulador, Solange Vieira, lembrou que desde 2008 a Anac já negociou quase 40 acordos bilaterais.
"O foco é a livre determinação do número de voos, a garantia da liberdade tarifária e a livre escolha de rotas e de cidades de destino", diz Solange no comunicado.
O Brasil tem atualmente acordos com 78 países para a realização de voos. As últimas negociações priorizam o extremo oriente e o Oriente Médio, buscando maior conectividade com os países árabes e, principalmente, com a Ásia. A agência firmou novas bases para as relações aéreas do Brasil com a Coreia do Sul, Cingapura, Hong Kong, Emirados Árabes e Catar, além de novos acordos fechados com Kuwait, Omã e Bahrein.
A Anac afirma que as negociações fazem parte da estratégia de ampliação da conectividade do território brasileiro, principalmente em função da Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. A agência lembra que a necessidade de abertura de novas rotas com a Ásia aumenta no momento em que a Japan Airlines (JAL), uma das maiores e mais tradicionais empresas aéreas do mundo, anunciou que cessará suas operações em 30 de setembro para São Paulo em virtude de problemas financeiros.
"As conexões com a Ásia ainda são muito deficientes. Grande parte dos voos hoje em dia utiliza rotas via Europa, muitas vezes aumentando o número de horas voadas ou o tempo de conexão. Em consequência, o custo final para o passageiro brasileiro é maior", frisa, também em nota, o superintendente de Relações Internacionais da Anac, Bruno Dalcolmo.
Com relação à África, a Agência também busca a ampliação da conectividade e de oportunidades de negócios. Até agora, foram renegociados os acordos com a África do Sul, Gana, Nigéria, Angola, Moçambique, Egito, Marrocos e Etiópia.
De acordo com a agência, com as negociações, deixou de existir o limite de voos semanais para Cingapura, Coreia do Sul, Hong Kong, Catar, Emirados Árabes e Jamaica.
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