Licitação de linha ferroviária não atraiu empresas, diz governador. Até 2009 a obra era estratégica.
O governo do Estado decidiu abandonar, pelo menos por enquanto, o projeto do Expresso Aeroporto, que ligaria São Paulo ao aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana. A linha férrea de 28Km de extensão ligaria a Estação da Luz, no centro da cidade a Cumbica, num trajeto de 15 minutos sem estações intermediárias.
Segundo o governador Alberto Goldman, o edital para a licitação chegou a ser lançado, mas não houve empresas interessadas. Goldman avalia que a falta de interesse do setor privado é consequência principalmente da baixa demanda pelo serviço - hoje estimada em 18 milhões de passageiros por ano.
A construção de um terceiro terminal no aeroporto - projeto do governo federal - elevaria este número para pouco mais de 30 milhões de passageiros, número que já tornaria o projeto viável.
Na segunda-feira (18/10), o governador contratou empréstimo de R$ 196 milhões para expansão da linha 11 da CPTM, que atende o extremo leste da Grande São Paulo, inclusive o bairro de Itaquera, onde será construído o novo estádio do Corinthians. O contrato prevê a construção de nova estação, a compra de oito trens e a reforma dos trilhos da via.
Em julho do ano passado, o Tribunal de Justiça de São Paulo havia determinado “a imediata paralisação de toda e qualquer obra” relacionada aos projetos do Expresso Aeroporto e do Trem de Guarulhos", em função de falhas no Estudo e no Relatório de Impacto Ambiental (Eia-Rima) referente aos projetos. Na época o governo paulista considerava a obra estratégica para aumentar a oferta das viagens aéreas, desafogar o Aeroporto de Congonhas, na capital, e criar um “cartão de visitas” da metrópole, principalmente tendo em vista o grande fluxo de turistas durante a Copa de 2014.
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