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sábado, 14 de agosto de 2010
TAM anuncia fusão com chilena LAN
Acordo criará uma das maiores aéreas do mundo, diz TAM.
Marcas serão mantidas, segundo comunicado enviado à CVM.
"As companhias aéreas do grupo oferecerão operações de passageiro e carga para mais de 115 destinos em 23 países, provendo transporte de carga em toda a América Latina e em boa parte do mundo. O grupo operará uma frota de mais de 220 aeronaves e terá mais de 40 mil funcionários. Em 2009, as empresas somaram mais de US$ 8,5 bilhões de receita, 45 milhões de passageiros transportados e 832.000 toneladas de carga. Latam estará entre os maiores grupos de companhias aéreas do mundo em termos de tamanho, lucratividade e alcance de mercado", afirmou a TAM em comunicado.
Marcas
A nova companhia vai levar o nome de Latam. As duas marcas, no entanto, devem ser mantidas. As sedes das empresas em Santiago e em São Paulo também serão mantidas.
Tamanho
A nova empresa deverá ser a 15ª maior do mundo em receitas, com US$ 9 bilhões registrados em 2009, segundo comunicado. Em número de passageiros, deverá ficar em 10º lugar, com 46 milhões de pessoas transportadas no ano passado.Ações
Pelo acordo, a TAM deverá realizar uma oferta pública para comprar as ações em circulação da companhia, que devem deixar de ser negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Os acionistas da TAM receberão ações de uma empresa holding que, por sua vez, será incorporada pela LAN.
Ao final do processo, a TAM deixará de ter papéis negociados tanto na bolsa brasileira quanto na de Nova York. A LAN, por sua vez, terá seus papéis listados nas bolsas brasileira, chilena e de Nova York. A operação depende da adesão de acionistas que representem, no mínimo, 95% do capital total da TAM.
Controle
A operação prevê ainda que os acionistas controladores da LAN manterão o controle da empresa chilena, enquanto os controladores da TAM manterão o controle da brasileira, mantendo 80% do capital votante da companhia, além de uma participação na LAN.Aprovações
A conclusão do negócio depende da aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e dos órgãos brasileiros de defesa da concorrência, segundo comunicado da TAM.
Até as 18h05 desta sexta-feira, a Anac disse que não havia sido comunicada oficialmente sobre a operação. A agência deverá se pronunciar sobre o assunto após ser notificada o que, provavelmente, não ocorrerá nesta sexta, conforme afirmou a Anac.
Passageiros
Segundo a TAM, os passageiros devem se beneficiar com maior número de voos, destinos e conexões. "A união das empresas permitiria voos numa mesma companhia não importa o destino. Membros do programa de fidelidade poderiam acumular e resgatar milhas em número muito maior de voos e de parceiros", diz a TAM.
Programas de fidelidade
Os programas de fidelidade das companhias – Fidelidade e LANPASS serão unificados. Ao final de 2009, os programas das duas companhias tinham, combinados, cerca de 11 milhões de associados.
Benefícios para as empresas
De acordo com a TAM, a união das companhias deve gerar sinergias (economias) anuais de cerca de US$ 400 milhões. Grande parte desse valor deve vir do alinhamento das malhas de passageiros, crescimento da malha de transporte de carga (no Brasil e internacionalmente), e redução de custo.
"A organização espera implementar aproximadamente um terço de todas as sinergias em um ano a partir da conclusão da transação e terminar de implementar todas as sinergias ao final do terceiro ano", diz a TAM.
Administração
A administração da nova empresa deverá ser realizada de forma compartilhada pelos acionistas controladores. Mauricio Rolim Amaro, atual vice-presidente do Conselho de Administracao da TAM, será o presidente do Conselho de Administracao da Latam. Enrique Cueto, atual vice-presidente da LAN, sera o CEO/vice presidente executivo da Latam.
As duas empresas deverão manter as atuais estruturas de administração: Maria Claudia Amaro continuará no cargo de presidente do Conselho de Administracao da TAM; Marco Bologna permanecera no cargo de diretor-presidente da TAM e Libano Miranda Barroso seguirá como diretor presidente da Tam Linhas Aereas S.A. Por sua vez, Ignacio Cueto seguira como gerente geral da Lan.
Palavra das empresas
Procurada pelo G1, a chilena LAN, em comunicado, confirmou a operação, afirmando que as duas companhias assinaram um memorando de entendimento não vinculante no qual acordam prosseguir com a intenção de associar suas empresas em uma mesma matriz. Dessa forma, seria criado um novo grupo lationamericano de companhias aereas que ofereceria a seus passageiros e clientes de carga novos serviços na região e entre a América Latina e o resto do mundo.
“A consolidação das nossas forças e malhas complementares trará grandes benefícios para os nossos clientes, funcionários, acionistas e para a América Latina. Juntas, LAN e TAM oferecerão novos destinos para onde nenhuma das companhias poderia voar individualmente. Isto nos posicionará para competir com as companhias aéreas estrangeiras que continuam aumentando suas participações na região, além de nos permitir criar mais empregos em nossos países de origem", afirmou, em nota, Marco Bologna, CEO da TAM.
O que dizem os analistas
Para o analista Felipe Queiroz, da Austin, a fusão reflete uma tendência global do mercado de aviação, que têm unido empresas para juntar forças e recuperar as perdas registradas na crise financeira, como fizeram em maio a United e a Continental Airlines.
Na avaliação de Queiroz, a TAM deve buscar crescimento internacional com o negócio, mas também vê aspectos positivos para o consumidor brasileiro no longo prazo, já que a companhia .ganha mais fôlego financeiro para atender à demanda crescente do mercado de aviação local.
“O mercado brasileiro está começando a ficar mais competitivo, de olho nos novos clientes da classe C, e D. Estratégias como a venda de passagens em grandes varejistas são importantes para conquistar esse nicho, que se tornou essencial. Esse negócio vai ajudar nesse sentido”.
Para os próximos anos, a expectativa para o setor é de crescimento devido, entre outros fatores, aos eventos que ocorrerão no país, principalmente, Copa do Mundo e Olimpíadas.
Cabe ressaltar que, como a perspectiva é que o volume de passageiros do setor aéreo
aumente nos próximos anos, o volume de investimentos deve aumentar concomitantemente, avalia Queiroz.
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