quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Anac recebe três propostas para concessão de aeroporto do RN



Lance mínimo no leilão será de R$ 51,7 milhões e o vencedor terá três anos para construir os terminais


A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aceitou todas as propostas enviadas pelos grupos interessados em disputar a concessão do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte. Apesar de não informar quantas empresas estão participando do processo, pelo menos três propostas foram apresentadas. Engevix, MPE e Triunfo Participações disputarão o leilão, que acontece na próxima segunda-feira, na BM&FBovespa.

O Grupo MPE confirmou a participação. A empresa, que já opera o Aeroporto de Valença, na Bahia, disputará o leilão sem parceiros, mas não descarta se associar a outras empresas, caso vença a disputa. A empresa de engenharia Engevix também declarou que entregou uma proposta, mas não quis dar mais detalhes. Já a Triunfo Participações não quis se manifestar sobre o assunto, mas fontes afirmam que a empresa está na disputa.

Apesar de o interesse dos grupos nacionais ter afastado a possibilidade de um fracasso do leilão, como ocorreu com o trem-bala, a concessão de São Gonçalo não conseguiu trazer grandes operadoras internacionais para a disputa, afirmam fontes do setor. "O edital foi fraco e não buscou atrair bons operadores, oferecendo maiores benefícios. O processo foi demorado e falho", diz um consultor que preferiu não se identificar.

Regras. Na semana passada, em entrevista ao Estado, o diretor de projetos da alemã Fraport, Felix von Berg, afirmou que a empresa não participaria do leilão porque as regras não eram boas e a rentabilidade do aeroporto era baixa. A empresa opera terminais em diversos países, entre os quais os de Frankfurt e Lima.

O presidente do Grupo MPE, Renato Abreu, disse que o empreendimento de São Gonçalo do Amarante oferece uma possibilidade de retorno de pelo menos 9%, acima dos cerca de 6% estimado pelo mercado em geral. "Nosso cálculo é de um retorno de 9% nas condições atuais, nos primeiros três a cinco anos. É baixo. Mas o retorno depois deve ser maior, pois acreditamos que o crescimento do setor aeroportuário ficará acima das estimativas do próprio governo."

De acordo com a Anac, o lance mínimo no leilão será de R$ 51,7 milhões e o vencedor terá três anos para construir os terminais. O prazo para exploração é de 25 anos, e o contrato poderá ser renovado por, no máximo, mais cinco anos. Após esse período, o aeroporto retornará ao poder público. A estimativa é de que o consórcio vencedor do leilão invista R$ 650 milhões na construção dos terminais e na operação do aeroporto.


Fonte: O Estado de São Paulo

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